sexta-feira, 11 de maio de 2012

Profissão: Mãe

Os tempos mudaram e o papel da mulher se transformou de geração em geração. A liberação feminina a introduziu no mercado de trabalho, e modificou a maternidade. Ao lado da independência financeira, surgiram os conflitos entre ser mãe ou profissional de sucesso. E, essa dupla jornada é complicada. Gostar de trabalhar, muitas gostam. Gostar de ser mãe, também. Tanto que algumas abdicam de suas carreiras para assumir a função mais antiga da mulher: gerar, parir e criar. Questão de escolha...
    
 Profissão: Mãe











Uma mulher foi renovar a sua carteira de motorista.
Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão. 
Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
- "O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário. 
- "Claro que tenho um trabalho", exclamou: "Sou mãe".
-  "Nós não consideramos "mãe" um trabalho. 
-  Vou colocar"Dona de casa", disse o funcionário friamente. 
- Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica.
- A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona da situação, perguntou: Qual é a sua ocupação?
- Não sei o que me fez dizer isto, as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora: "Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas."
- A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
- Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
- Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
- Posso perguntar, disse-me ela com novo interesse, o que faz exatamente?
- Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
- "Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em
laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa).
- Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas).
- Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???),
o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 horas)".
- Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de
preencher o formulário, se levantou e, pessoalmente me abriu a porta.
- Quando cheguei em casa, com o título da minha carteira erguido, fui
recebida pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3
anos.
- Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (um bebê de seis
meses), testando uma nova tonalidade de voz.
- Senti-me triunfante!
- Maternidade... que carreira gloriosa!

Assim, as avós deviam ser chamadas
"Doutora-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".

As bisavós:
"Doutora- Executiva- Sênior".

E as tias:
"Doutora - Assistente".

Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas,
companheiras.

Doutoras na Arte de fazer a vida melhor !!!



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