Despretenciosas cartinhas...

Há poucos dias ouvi falar de uma história comovente que tinha como protagonista um carteiro. Tudo começou com uma ideia que ele teve de fazer um trabalho voluntário em um asilo na região onde mora. No programa da Fátima Bernardes, ele contou sobre o seu trabalho, e mostrou porque é uma pessoa especial. 

A história que emocionou a todos, teve início quando ele percebeu que a maioria dos idosos que se encontram no asilo onde ele costuma entregar cartas, nunca as recebiam; nem mesmo dos familiares que, na grande maioria, também não os visitam com frequência. 

Talvez, devido à profissão, ele saiba considerar o valor que uma carta possue. Mas, o que faz toda a diferença neste caso, é o amor e a disponibilidade dele em levar um pouquinho de amor aos tão esquecidos velhinhos. Em suas cartas, escritas à noite, horário em que normalmente deveria descansar, pois seu trabalho exige que ande muito o dia inteiro, ele conta suas histórias. Não são histórias fantásticas, mas são as que ouve, enquanto faz outro trabalho voluntário numa ala infantil de um hospital, na região onde mora. Também não são histórias tristes, pois as crianças internadas em tratamento, recebem dele desenhos para colorir e, assim, relatam suas esperanças e seus sonhos infantis. Sonhos estes, que são transformados em cartinhas para o asilo, e levam a alegria e o frescor da infância àqueles velhinhos.

Fiquei tão emocionada com essa história, que me deu uma vontade imensa de fazer algo parecido. Às vezes achamos que não temos tempo, ou simplesmente, nunca havíamos pensado em fazer algo neste sentido. Mas, com toda certeza, não existe recompensa maior do que colocar um sorriso no rosto de alguém.  

Essa história é um exemplo de que ações simples podem levar alegria aos que estão em situações desfavoráveis, sejam nos hospitais, asilos, creches, ou qualquer outro lugar onde a esperança já tenha sido esquecida.

O dia 28 de agosto é o "Dia Nacional do Voluntariado". A data, foi instituída no Brasil em 1985 através da Lei Nº 7.352, e sancionada pelo então presidente, José Sarney. Comemorada anualmente, tem como objetivo “reconhecer e destacar o trabalho das pessoas que doam tempo, trabalho e talento, de maneira voluntária, para causas de interesse social e para o bem da comunidade”. (http://www.unerj.br/blogbiblioteca/?p=796).

Existem várias formas de ajudar ao próximo, e todos nós somos capazes de fazer algo em prol de alguém. O que às vezes custa tão pouco para nós, pode ser muito para quem não tem nada. Uma prova disso é a campanha anual que o Mc Donald faz para arrecadar fundos, conhecida como Mc Dia Feliz. Coordenado pelo Instituto Ronald McDonald, o McDia Feliz é a maior campanha do país em prol de crianças e adolescentes com câncer, além de ser o principal evento comunitário do Sistema McDonald’s no Brasil.

Com os resultados obtidos desde o primeiro ano de sua realização, em 1988, a campanha já reverteu a mais R$ 130 milhões para a causa do câncer infantojuvenil, em mais de 20 estados brasileiros. Saiba mais pelo site: http://www.instituto-ronald.org.br/index.php/mc-dia-feliz/a-campanha

Outra ação semelhante, que acontece anualmente, é o projeto "Criança Esperança", realizado pela Rede globo, juntamente com a Unesco. Nele são arrecadadas doações que começam com apenas R$ 7,00. Parece pouco, mas somando-se a outros tantos, irão fazer diferença na vida de milhões de crianças que vivem em extrema pobreza nas diversas regiões do país.

Viu só como é fácil ajudar a alguém? Podemos começar por comprar um simples sanduiche, lembrando que a arrecadação ajudará a muitas crianças. Com um pouco de sensibilidade, descobriremos outras formas de ajudar a quem precisa, seja dando lugar no ônibus, ajudando alguém a atravessar a rua, doando remédios que não usamos (dentro da validade, é claro!), em igrejas, ou mesmo para uma pessoa conhecida. São tantas as formas de ajudar que não caberiam aqui. É só estar atento e olhar para o lado, estar disponível para fazer alguma coisa por menor que possa parecer. Pode ser apenas uma despretenciosa cartinha...

Importar-se com o outro é a maior prova de amor que podemos dar... “Ninguém é tão rico que não possa receber, como ninguém é tão pobre que não possa doar”...