terça-feira, 30 de abril de 2013

Não deixe para amanhã...

“Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”. Embora já tenhamos ouvido centenas de vezes este ditado, parece que a maioria de nós, brasileiros, não o levamos muito a sério, já que conquistamos a "fama" de deixar tudo para depois. Pelo menos é o que se confirma hoje, último dia para a entrega do imposto de renda e  milhares de brasileiros ainda não fizeram a declaração.
Todos nós já adiamos alguma coisa em nossa vida, seja por preguiça, comodidade, quer por fatores relevantes ou não. Somos propensos a deixar quase tudo para depois e, invariavelmente, somos muito complacentes conosco neste aspecto, enquanto cobramos dos outros uma atitude diferente.
Esse hábito de deixar tudo para depois tem um nome que mais parece um palavrão: procrastinação. E o significado é bem simples, a palavra vem do latim procrastinare, que significa "encaminhar para amanhã". Ele interfere em vários setores de nossas vidas, mas com certeza, os assuntos pessoais são sempre os mais afetados por ele.

Em uma pesquisa realizada em 2011 pelo gestor do tempo Christian Barbosa, autor do livro Equilíbrio e resultado - Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer? (Editora Sextante), 97,4% dos brasileiros admitem deixar atividades importantes para a última hora. O percentual é bem alto, e como quase todos nós já deixamos alguma coisa para depois, podemos estar incluidos nesta contagem. O problema é que muita das vezes, esse hábito, aparentemente inocente, pode trazer transtornos não só para quem os pratica, mas também para os outros. Além de prejudicar a reputação da pessoa, ele traz frustração, culpa, ansiedade e decepção aos que convivem com ela.

Não há nada de errado em procrastinar de vez em quando, o problema é sempre adiar atividades que não poderiam ser deixadas para depois. Quando esse hábito afeta a vida profissional interferindo nos compromissos importantes, gera insegurança e prejudica a autoestima da pessoa. Mais cedo ou mais tarde, ela chegará à conclusão que precisa mudar esse comportamento.

Estudos comprovaram que entre os muitos fatores que levam à procrastinação, estão: a falta de tempo, a falta de energia, preguiça, medos, insegurança e perfeccionismo. Já que o ato de adiar pode estar relacionado à busca pela perfeição, pessoas com essa característica têm a tendência de preferir tarefas desafiadoras e evitarem as mais simples. A impulsividade também é apontada como característica de quem deixa tudo para depois, por preferir fazer outras atividades que mais lhe agrada.

Se identificar com o problema não o resolve por sí só, é preciso seguir algumas estratégias para mudar esse hábito.

- Planeje o seu dia com o uso de uma agenda, e deixe-a sempre a sua frente, contendo em destaque as suas tarefas mais importantes. Crie um hábito de seguir o seu planejamento. Deixe as distrações e as tarefas mais agradáveis para somente depois de trabalhar no mais importante. Tarefas importantes, mas não urgentes, também devem ser anotadas como se fosse uma reunião, com hora marcada para começar e terminar. Você deve distinguir o que não é tão importante e o que não deve, em hipótese alguma, ser adiado.

- Distribua as tarefas mais importantes pela semana, deixando espaços para os imprevistos e as tarefas do dia a dia que forem surgindo. Se mantiver um planejamento muito rígido, sem espaço para os imprevistos, ele também irá sabotar os seus planos, pois não terá a mobilidade necessária para realizá-los.

- Pense em algo que o deixe motivado a cumprir a tarefa. Mesmo que seja algo que considere chato de fazer, tirá-lo da lista de pendências irá trazer-lhe um alívio.

- Comece fazendo pequenas atividades, de conclusão rápida, e vá habituando-se a fazer tarefas mais demoradas.

- Dizer alguns "Nãos" também o ajudará a não assumir responsabilidades só para agradar às pessoas e sobrecarregá-lo. A estratégia é se comprometer apenas com as atividades que realmente poderão ser cumpridas.

Por fim, procure encarar os seus desafios desde já. Siga o slogan “Faça Agora”. Se você sabe que precisa fazer um curso que irá ajudá-lo a melhorar o seu currículo, se pretende tirar a carteira de motorista, fazer um check-up, ou ir ao dentista, tenha em mente que o quanto antes você o fizer melhores serão os resultados. Deixe de lado a insegurança, conhecer as suas limitações pode ajudá-lo a aprimorá-las e não temer as decisões. Acredite que errar também faz parte do aprendizado.

Às vezes, a pressão externa ou o apoio de alguém de fora como: um amigo, o esposo (a), ou uma pessoa de sua confiança, pode ser de grande ajuda para vencer a barreira da procrastinação. Se resolver achar este alguém para cobrar algo de você, é preciso que seja uma pessoa com a qual você tenha um alto nível de comprometimento e, sobretudo, respeito. Mas, não se engane, só você poderá levar adiante seus projetos e realizar o que lhe cabe. Afinal, ser adulto é isso: assumir responsabilidades.

Alguns livros voltados para o tema podem ajudá-lo a encontrar motivação e adquirir estratégias para mudar esse hábito de adiar tudo. Entre eles sugiro a leitura do livro "A Equação de Deixar para Depois", de Piers Steel - Editora Best-Seller. 
 
 
 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Plantar uma árvore, escrever um livro...

 
Muitas pessoas afirmam que suas vidas daria para escrever um livro. Pode até ser... A vida de cada pessoa é repleta de experiências únicas e vivenciadas somente por ela mesma.
As dores de cada um, assim como: as alegrias, as dificuldades, as batalhas vencidas, os sonhos alcançados, outros esquecidos, têm se tornado o conteúdo de muitos livros, que servem para mostrar as características do ser humano. Ao registrar a sua existência o homem tem, mesmo que inconscientemente, a vontade de se tornar imortal. 
 
Acho que todos conhecem aquele ditado popular que afirma que a vida de uma pessoa só é completa se alcançar três metas básicas: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Como “a ordem dos fatores não altera o produto”, não importa a sequência das ações, desde que elas sejam colocadas em prática.

Dizem que o ditado é saxônico, proveniente da antiga grécia, e embora seja uma frase sem autoria definida, é muito discutida nos livros de dinâmica empresarial, um dos livros que comentam a respeito é o do J C Hunter, no livro O Monge e o Executivo, muito conhecido por quem estuda Administração de Empresas.

Mas na vida pessoal, o que esse ditado nos diz?

Talvez queira nos dizer que : árvores... livros... e filhos, requerem cuidados!

Plantar uma árvore requer cuidados, pois só assim, teremos bons frutos. É preciso continuidade, pois não adianta só plantá-la, já que se não cuidarmos ela poderá morrer.

Quantos aos filhos então, todos sabem; nada é mais trabalhoso e exige tanta atenção quanto eles. Transmitir valores, regá-los com amor e esperar que cresçam, pode levar tempo. Vê-los criados, educados e bem-sucedidos, também não é tarefa fácil, mas é a melhor de todas. Os frutos também compensam.

Ter um filho e escrever um livro, são as duas metas que completam a lista e estão intimamente ligadas ao que nós deixaremos para o mundo. Não é somente a árvore que pode render bons frutos no futuro, mas assim também, a educação e o exemplo de vida, tem mostrado na prática o que é colher os resultados daquilo que plantamos.
Já plantei uma árvore no quintal de casa, quando criança. Já tive filhos. Quanto ao livro... bem, preferi o Blog ( por enquanto, rs,rs...). O dito popular não diz que é preciso plantar uma árvore, ter um filho e escrever um “Best Seller”. Mesmo que o livro seja a última meta a ser atingida, ele pode justamente narrar as experiências tidas com as duas tarefas anteriores. Quem sabe algum dia eu ainda o faça, já que as três regras básicas têm a ver com "missão cumprida", finalizando assim um ciclo perfeito de vida.
Mas, por enquanto, me contento com o Blog, ainda estou fazendo escolhas, trocando experiências, aprendendo e, principalmente, aproveitando o que a vida tem de melhor. E você? O que espera do futuro? Que legado pretende deixar?


 

sábado, 20 de abril de 2013

Torta de Maçã

A maçã é uma das frutas mais conhecidas e cultivadas do mundo. Consumidas in natura, têm a fama de prevenir doenças, dando origem a um velho ditado inglês: "An aplle a day keeps the doctor away", ou seja: uma maçã por dia mantém o médico afastado, o que tem sido confirmado por recentes pesquisas.
Com alto valor nutritivo, a maçã possui vitaminas B1, B2, niacina, ferro e fósforo, além da pectina que ajuda a reduzir o colesterol. Possui também propriedades antioxidantes e muita fibra que ajudam no trato intestinal. É muito utilizada para a fabricação de sucos, doces e também da sidra (bebida alcoólica), muito apreciada pelos brasileiros. As variedades mais consumidas no Brasil são: fuji, gala, red, verde, melrose e Brasil. Seu cultivo é realizado em lugares de clima frio, ou temperado, como nas regiões do Sul do Brasil. Entre as diversas propriedades da maçã, inclui-se também o seu poder de assegurar um sono tranquilo e relaxante, para isso, deve-se tomar um chá feito com as suas cascas, e adoçado com mel, 30 minutos antes de dormir.
Em alguns países as tortas de maçã fazem parte da tradição. Existem diversas receitas de torta, que vão sendo passadas de geração em geração, mas esta é muito simples e saborosa. Que tal experimentar essa delicia? 


Torta de Maçã

Recheio:

1 ¼ xícara (chá) de açúcar

1 colher (sobremesa) de Maizena

1 xícara + 2/4 de xícara de água

1 maçã verde sem sementes cortada em cubos pequenos

20 biscoitos sabor aveia e mel esfarelados
 
100g de amêndoas em fatias finas (ou trituradas)

Massa:
1 xícara + 2/3 de xícara (chá) de farinha de trigo

1 colher (sobremesa) rasa de fermento em pó

½ xícara (chá) de açúcar

100g de manteiga em cubos gelada

2 gemas

½ colher (chá) de canela em pó

2 colheres (sopa) de manteiga cortada em pedaços

Massa:
Numa tigela, misture a farinha de trigo, o fermento em pó, o açúcar, a manteiga e as gemas até ficar uniforme. Reserve.

Recheio:
Coloque numa panela o açúcar, a Maizena, a água, e a maçã verde. Misture e leve ao fogo médio até ferver. Abaixe o fogo e cozinhe por 5 minutos. Adicione os biscoitos, misture e deixe no fogo até o biscoito dissolver. Desligue o fogo e deixe esfriar. Misture a metade das amêndoas, reservando para jogar por cima da torta.

Montagem:
Divida a massa em duas partes. Com a primeira parte da massa, forre o fundo e as laterais de uma forma redonda de fundo falso (21cm de diâmetro). Coloque o recheio, polvilhe com canela em pó e distribua duas colheres de manteiga cortada em pedaços. Abra o restante da massa entre dois sacos plásticos esticando-a para ficar fina (use o rolo, ou uma garrafa). Cubra a torta com a massa. Jogue por cima o restante das amêndoas. Faça furos na massa com um garfo e leve ao forno médio por 40 minutos ou até dourar. Retire do forno e deixe amornar. Desenforme e sirva em seguida.
Dica: Essa torta pode ser servida com uma bola de sorvete, fica uma delícia!

 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dia Nacional do Livro Infantil

A célebre frase: "Um país se faz com homens e livros", se deve a um dos maiores escritores brasileiros. Conhecido como Monteiro Lobato, recebeu o nome de José Bento Monteiro Lobato, nasceu no dia 18 de abril de 1882, na cidade de Taubaté. Tornou-se conhecido por dar vida a personagens que continuam até hoje na memória dos brasileiros. Advogado e promotor público, ficou famoso por criar a literatura infanto-juvenil brasileira, mas foi também um dos personagens mais importantes da história recente desse país.
Com ele inicia-se o movimento editorial brasileiro, tendo sido o fundador da primeira indústria brasileira do livro, no ano de 1918 criou a Editora Monteiro Lobato & Cia. Antes dele, todos os livros eram impressos em Portugal, e não havia no Brasil uma literatura infantil própria. Lobato foi o primeiro escritor a usar uma linguagem bem humorada e direcionada ao público infantil, diferentemente de outros autores que recriavam contos de escritores estrangeiros, tendo os clássicos como inspiração.
Sua obra destaca-se pela ousadia e preocupação com a desigualdade social e exploração do ser humano, principalmente, contra o trabalho infantil, e mesmo ao direcionar seu trabalho para a literatura infantil, deu voz a um personagem conhecido de muitas gerações: Emília, uma boneca de pano falante, irreverente e divertida, que desafiava as normas de conduta vigente e fazia críticas às injustiças sociais. Tendo criado suas próprias histórias, usou como inspiração a fazenda onde viveu depois de deixar os cargos públicos em que atuou, construiu um universo caracterizado por um cenário natural, em que os problemas do Brasil eram, pela primeira vez, levados para as crianças. Criou personagens fixos, como: Narizinho, Pedrinho, Emília, Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Tia Anastácia, Tio Barnabé e Rabicó. Explorou temas tipicamente brasileiros para contar suas história de maneira envolvente e, através delas, transportar as crianças para outros mundos, introduzindo-as no mundo do saber como: aritmética, gramática, ciências, entre outras.
Quem não se lembra do Saci - o famoso personagem do folclore brasileiro, que acaba se tornando amigo de Pedrinho, no Sítio do Picapau Amarelo. Muito antes, de se transformar em séries para a televisão a obra de Lobato foi adaptada para ser transmitida como uma novela pelo rádio. Nas décadas de 1930 e 1940 o rádio era um dos principais meios de comunicação de massa. No final da tarde, crianças e adultos ligavam seus aparelhos para acompanhar as aventuras da turma do sítio.
Em 2007, a Editora Globo relançou a obra de Monteiro Lobato, e suas histórias continuam a encantar ao público infanto-juvenil. Grande parte da literatura de Monteiro Lobato sempre foi direcionada aos pequenos leitores. Produziu durante toda sua carreira literária 26 títulos destinados ao público infantil. É um dos mais importantes escritores da literatura infanto-juvenil, não só da América Latina, mas também do mundo. Por esse motivo, hoje, dia do seu nascimento, se comemora o "Dia Nacional do Livro Infantil".

Depois dele, muitos outros autores se destacaram na criação da literatura direcionada às crianças, como: Ana Maria Machado, Ziraldo, Ruth Rocha, entre outros, mas foi graças a ele que o Brasil teve a sua própria literatura infantil valorizando a nossa cultura, e a sua primeira editora.
 
 

terça-feira, 16 de abril de 2013

O diálogo constrói relacionamentos saudáveis

Numa postagem recente, falei da importância do diálogo para o sucesso e felicidade na vida a dois. Isso gerou uma certa polêmica, e foi tema de um debate num encontro com alguns amigos meus. Entre risadas, chegamos à conclusão de que as mulheres falam muito, enquanto os homens não gostam de expor seus pensamentos, principalmente, quando esses, envolvem sentimentos. Então, como dois seres com características tão distintas podem se entender e manter o diálogo?

Evidentemente a causa mais comum de brigas entre homens e mulheres é geralmente... as diferenças entre homens e mulheres!! Para que o diálogo faça parte rotina do casal, é primordial ter em mente que o sexo masculino pensa e age de forma diferente do feminino. É importante entender que as mulheres têm a necessidade de falar sobre o que as afligem, principalmente quando algo vai mal na relação. Isso é uma forma de tentar digerir o que está acontecendo. Discutir a relação, para elas, é uma forma de estar em contato com os seus sentimentos e os do seu parceiro, na tentativa de solucionar o que lhe parece errado com o relacionamento. Diferentemente das mulheres, os homens custam a perceber as situações e, na maioria das vezes, acham que os problemas estão na cabeça delas, para eles, tudo sempre parece estar ótimo. Mais criteriosas, as mulheres, querem sentir que a relação é segura e estável, que são amadas e admiradas, para que possam se entregar. Já os homens consideram isso bobagem, pois a maioria não gosta de mostrar o que sente, e muito menos admitir que tem alguma parcela de culpa nas desavenças entre ambos.

Todos sabemos, que no início do relacionamento as pessoas só enxergam o que querem ver, fazendo uma imagem idealizada e irreal do ser amado. Com o tempo surgem as primeiras diferenças, mas como o casal quer continuar acreditando na imagem que fizeram um do outro, os dois tentam minimizar as pequenas desavenças, não dando importância a elas.
Portanto, se as diferenças já estavam lá, desde o início, por quê as pessoas tendem a querer mudar o outro, depois de algum tempo de convivência? E o pior! na marra, através de imposições e cobranças, gerando brigas e mágoas.

A primeira coisa a fazer, é aceitar que o ser amado tem gostos e opiniões diferentes dos nossos. Focar nas qualidades que fizeram com que ambos se apaixonassem, valorizá-las, e apostar nas afinidades é o caminho para o crescimento da relação. Mas também é importante lembrar que as diferenças devem ser respeitadas como parte da personalidade do outro. Quando essas diferenças estiverem atrapalhando a relação, o diálogo é o melhor caminho para o entendimento. Aceitar que as diferenças são apenas diferenças sem cair na tentação de defender que o jeito feminino é melhor do que o masculino, já é um primeiro passo para aprimorar a comunicação.

Num relacionamento onde o amor impera, os dois devem procurar manter o respeito e a aceitação pelo outro, e isso se consegue quando o diálogo faz parte do cotidiano do casal. Só através da conversa, do empenho dos dois em se revelar como são, sem que nenhum deles queira dominar o outro ou ter sempre a razão, pode levar o relacionamento ao sucesso, o que nesse caso significa à felicidade. Nunca é demais lembrar que a necessidade de estar com a razão prejudica o diálogo. Quando a pessoa reconhece para o seu parceiro que errou, estará inspirando-o a fazer o mesmo, e mesmo que isso não aconteça, sua atitude o ajudará a sentir que existe uma parceria, e que podem confiar um no outro.

Dialogar é fundamental para que as coisas não se acumulem e venham à tona num momento de raiva, causando uma espécie de “erupção vulcânica”. Tudo o que gera desconforto deve ser debatido, mas na medida do bom senso. Fazer da DR um esporte pode transformar a vida num inferno, porém evitar abordar os problemas pode fazer com que eles se acumulem, e com isso, haja um distanciamento. Competir para ver quem tem razão só leva ao desgaste da relação e prejudica a comunicação. Para que a conversa entre o casal dê resultados, é aconselhável não discutir um problema enquanto um dos dois estiver de cabeça quente. É importante falar o que se espera do outro, porém tão importante quanto falar, é ouvir o que o outro tem a dizer. Cada pessoa pensa de uma forma; aliás, seria muito chato se não fosse assim.

Relacionamentos felizes não são aqueles em que não existe conflitos, isso é até um pouco difícil de se ver, mas estabelecer um padrão adequado para a resolução dos problemas fortalece o relacionamento e aumenta a cumplicidade entre os parceiros.

Algumas dicas podem ajudar a acabar bem uma briga de casal
 
- Sempre inicie e termine a conversa afirmando que se preocupa com a outra pessoa: em meio a um desentendimento, você nunca pode subestimar o poder e a importância de lembrar a outra pessoa que você se preocupa e acredita nela. É importante também que a pessoa diga ao outro o quanto o ama, apesar de tudo.
 
- A primeira regra básica é não gritar, tentando focar no que realmente aconteceu. Se a outra pessoa está gritando, evite levantar a sua voz também para evitar uma escalada natural de interesses conflitantes. Quando gritamos, perdemos o foco do problema e também a chance de resolvê-lo, além de magoar o outro que se sente incapaz de expor o que está pensando ou sentindo.

- Esteja aberto para a ideia de que você cometeu um erro, mesmo se você tem certeza que não: as pessoas raramente ficam chateadas sem razão. Descubra o que machucou a outra pessoa.

- Fale somente do problema atual, evitando generalizar as atitudes do outro dizendo coisas que possam soar como acusação, como ''você é assim'' ou ''você sempre faz isso'', pois nem sempre isso é verdade. Leve em consideração as vezes que ele tentou te agradar e valorize outras atitudes da pessoa. Falar só dos atos ruins vai gerar ainda mais briga.
 
_ Antecipe-se pedindo desculpas, embora a ideia de esperar que a outra pessoa se desculpe primeiro seja a mais fácil de ser aceita, pedir desculpas pode ser um sinal de que estamos procurando reconciliação.

- Tentar descobrir o que é certo e não quem está certo, é a melhor atitude. Ao pensar no que aconteceu, é importante avaliar o certo e o errado tendo como base apenas as ações gerais, não levando em conta só a sua opinião. Botar a culpa sempre no outro revela egoismo e dificuldade em admitir que também erra.

- Ofensas e palavrões significam falta de argumentos e causam danos irreversíveis ao relacionamento. Além disso, a outra parte provavelmente vai ouvir apenas os palavrões, e vai parar de escutar qualquer outra coisa boa que você falar. Depreciar uma pessoa sempre muda o foco do problema e não resolve o problema real.

E finalmente, lembre-se que a outra pessoa também deseja a conciliação: uma das causas fundamentais de muitas brigas é achar que a outra pessoa não está com a mente aberta para acabar com a discussão. As DRs são necessárias, mas devem servir para aproximar o casal e fazê-los chegar a um acordo, e não para gerar mais brigas e mágoas. Quando o casal chega ao ponto de não poder mais conversar sem brigar, é hora de procurar ajuda profissional. Um terapeuta de casais ajuda muito aos dois a verem o que pode ser feito para retomarem o diálogo e salvarem a relação. 






sexta-feira, 12 de abril de 2013

Risoto de Camarão

Fim de semana chegando, mil ideias na cabeça para aproveitar bem os dias de descanso. Para muitos, a oportunidade de almoçar calmamente num restaurante, saboreando um bom prato, faz parte da programação. Enquanto outros, preferem curtir o final de semana junto com a família, e não abrem mão de preparar uma comidinha caseira. Para esses que gostam de cozinhar, aquí vai uma sugestão para o almoço de domingo, uma delicioso risoto de camarão muito saboroso e fácil de fazer.
 
Risoto de camarão

Ingredientes:

500 g de camarões médios limpos
2 copos de arroz arbóreo
1 copo de vinho branco seco
1 pacote de ervilhas frescas (congelado)
 
½ cebola ralada
250 g de manteiga
1,5 litros de água para fazer o caldo com as cascas e as cabeças do camarão
salsa picada
sal a gosto
Farinha de rosca

Limpe os camarões, tirando a casca e a cabeça, mas reserve-as para fazer o caldo que será usado no arroz. Tempere os camarões com o suco de 1 limão e sal a gosto. Deixe marinar por 15 minutos.
Ferva as cascas e as cabeças que estavam reservadas em água com um pouco de sal por 5 minutos. Deixe esfriar, coe e reserve a água para colocar no arroz.

Preparo:
Numa panela, aqueça metade da manteiga e refogue metade da cebola, junte o arroz e mexa, acrescente o vinho branco. Irá sair um vapor, e o alcool do vinho vai se evaporar. Mexa por mais um pouco até o vinho quase secar. Misture, e vá colocando aos poucos aquele caldo feito com as cebeças do camarão, que estava reservado. Abaixe o fogo. Quando o arroz estiver “ao dente”, ou seja, quase no ponto, misture o molho de camarão. Continue mexendo até que o arroz fique úmido, mas não encharcado.

Molho de Camarão:
Em outra panela, faça um molho de camarão que posteriormente será integrado ao risoto. Coloque o resto da manteiga e o resto da cebola, junte a ervilha, refogue um pouco e adicione os camarões e cozinhe até o ponto dele ficar “corado”. Reserve, quando o arroz estiver no ponto, acrescente este molho e finalize o prato enfeitando com a salsa e a farinha de rosca salpicada. 

(Serve 4 pessoas)

Dica: Risoto se faz com arroz arbóreo. Este arroz possui uma maior quantidade de amido no grão o que proporciona um sabor diferenciado dos outros tipos. Se for feito com o arroz comum, a receita ficará diferente, mas também não ficará ruim!



 
 

sábado, 6 de abril de 2013

Vivendo com os outros


Acho que todos temos a ideia do que é um eremita; aquele ser solitário, que vive em lugar deserto, isolado, seja por escolha, penitência, * misantropia, amor à natureza ou convicções religiosas, não é?
No século em que vivemos não temos muitas notícias dessa prática, e quando temos algum relato sobre essa forma de vida até nos espantamos, pois não é considerado "normal" o ser humano viver só.
Como ser racional, o homem sabe que precisa dos outros para sobreviver, condição sem a qual acabaria por se extinguir. É no meio social que ele encontra a sua realização como pessoa, faz associações, promove o auto-conhecimento, busca proteção, alimento, garantia da sua continuidade como espécie.
Embora o ser humano não consiga viver só, muitas vezes encontra obstáculos para se relacionar bem com seus semelhantes. É preciso ter empatia e boa vontade para convivermos com as pessoas ao redor, já que elas nem sempre são como queríamos que elas fossem.
Temos a tendência de achar que as nossas opiniões, os nossos gostos, as nossas escolhas são sempre inquestionáveis, melhores ou mais corretas – não só para nós mesmos, mas também para aqueles que estão a nossa volta. Aceitar as diferenças, e até aprender com elas, é o X da questão.
Outro aspecto muito importante no dia a dia, é tratar os outros como nós gostaríamos de ser tratados, seja no trabalho, na rua, e principalmente, no trânsito, onde acontecem os maiores conflitos. Se partirmos para a briga sempre que acharmos que temos razão, a vida ficará insuportável, portanto, é melhor não levar tudo a sério. Devemos nos lembrar que gentileza gera gentileza...
Viver com os outros requer tolerância, e a aceitação de que as diferenças são benéficas e devem ser respeitadas. Se todos fossem iguais, não teríamos o que aprender, a vida seria chata e sem graça. É essa diferença que nos mantém interessados uns nos outros, e que também é a causa dos conflitos. Por outro lado, isto pode nos trazer ideias novas, pois maneiras diferentes de ver o mundo nos ajudam a abrir nossos horizontes, e podem ser muito úteis em nosso desenvolvimento pessoal.
Graças aos céus, o homem é um ser sociável e aprende a conviver com os outros, seja por necessidade, interesse, ou por conhecer os limites da boa convivência.
Para que possamos nos relacionar bem com as pessoas com as quais convivemos, é importante pensar de forma empática, isso significa perceber a realidade do que é importante, significativo e sentido pelo outro. Só tendo a empatia desenvolvida conseguiremos entender realmente o que e como o outro está se sentindo ou pensando. Conseguindo perceber esta diferença não ficamos amarrados em pré-conceitos, conseguiremos saber que algo que não é importante para mim, pode ser extremamente importante para o outro. Nem tudo é da forma como EU quero ou acredito ser o melhor, o outro pode ser diferente, e nem por isto estar errado.



E como já dizia o profeta: gentileza gera gentileza.
 
* Misantropia - aversão ao ser humano e à natureza humana no geral.


 

terça-feira, 2 de abril de 2013

A felicidade não vem num passe de mágica

Viver com os outros é uma arte que requer cuidados. Isso inclui: atenção, uma boa comunicação, e atitudes que devem ser recíprocas. Mas, quando uma das partes não desenvolve os atributos necessários para uma boa convivência, o relacionamento se torna difícil. Como em qualquer outro relacionamento, no casamento não é diferente; para se manter feliz e duradouro, ele requer um compromisso diário com a vontade de fazê-lo dar certo.
Um bom relacionamento se desenvolve quando há confiança, empatia, e respeito entre as pessoas envolvidas. É claro que quando duas pessoas decidem se casar existe confiança entre elas, e se pressupõe também que exista respeito. Mas quanto à empatia? Acredito que assim como o amor, ela seja tão importante quanto os outros valores, e imprescindível para uma união sólida. Empatia é uma palavra de origem grega e corresponde a ter aceitação por algo ou pelos outros. Ser empático é estar aberto para ouvir e conhecer de verdade o parceiro, levando em conta as opiniões dele.
Muitas pessoas, ao falarem sobre casamento têm em mente um compromisso tão chato quanto uma prisão. E, em alguns casos, são mesmo. Quando uma pessoa se casa e fica esperando que tudo funcione como num passe de mágica, sonhando com a parte do "felizes para sempre", revela imaturidade, e só irá colher decepções. As chances de separação aumentam se junto com o compromisso assumido, entram o ciúme exagerado, o machismo do homem que teima em ser o "dono" da esposa, dando "ordens" por considerá-las um "direito" dele como "chefe" da família; e quando, além disso, entram também o desrespeito mútuo, a falta de diálogo, a intolerância e a traição.
É preciso ter em mente que não basta só amar para fazer com que um casamento dê certo. É preciso querer interagir com o outro se colocando no lugar dele, descobrindo as suas necessidades afetivas, e principalmente, aceitando que o outro não é igual em tudo, e que apesar das diferenças de comportamento e ideias, é possível viver em harmonia.
Desenvolver nossas habilidades perceptivas sobre o outro faz com que sejam criadas relações muito mais sinceras, prósperas e de confiança, o que torna o relacionamento duradouro e feliz. Um parceiro que não demonstra empatia pelo outro cria uma sensação de vazio, como se ele não significasse nada de importante para quem ama, como se as suas ideias e emoções não fossem relevantes para a vida em comum.
Lembrei-me de um programa que assisti há poucos dias, quase por acaso, ao mudar o canal da TV,  chamado "The Love School" (A Escola do Amor), na Record. Parei para assistí-lo, a princípio por curiosidade, pois o título é bem sugestivo. Neste programa, o casal Renato e Cristiane Cardoso, aborda temas relacionados aos conflitos conjugais. A partir da experiência deles, que já estão casados há 20 anos, dão conselhos práticos aos casais que vão ao programa, procurando ajuda para os problemas no relacionamento.
Um dos casais, falou da falta de diálogo no casamento deles, e de como isso os levou à separação. Após exporem o problema, chegaram à conclusão de que o orgulho do marido em nunca admitir os erros dele, assim como a falta de comunicação entre os dois era a causa dos conflitos, que culminou na separação. Após um ano separados, o marido procurou a esposa e percebeu o erro dele, o de se achar sempre "o dono da razão". Junto com o apresentador do programa, o marido chegou à conclusão de que seu comportamento era movido pelo "orgulho", pois sendo ele o "homem da casa", achava que devia dar a última palavra em tudo, mesmo estando errado na maioria das vezes.
A exemplo desse casal, se os parceiros não admitirem seus erros e não entrarem num consenso, os dois só teem a perder.
Se as pessoas envolvidas em um relacionamento aceitarem que são diferentes, mas que se "escolheram" pelas qualidades que viram um no outro, irão concluir que é preciso investir todos os dias para que o amor e a admiração que tinham no início, não se acabe. Para isso, é preciso que haja diálogo, pois ele é imprescindível, assim como a respiração é para a vida. Quando existe diálogo o relacionamento supera qualquer coisa.
O relacionamento tende ao fracasso quando as linhas de comunicação não estão abertas. A necessidade de estar sempre com a razão prejudica o diálogo, denota também imaturidade, orgulho, e teimosia. É importantíssimo aprender a ouvir o outro antes de colocarmos nossas próprias opiniões sobre o que estivermos tratando. O ato de ouvir está intimamente relacionado com o cuidado e respeito que se tem pelo parceiro, isso inclui também o respeito às diferenças de ideias . Devemos nos lembrar das características individuais de cada um, entendendo que não somos cópias um do outro, mas sim seres únicos e individualizados; assim, nunca haverá um perdedor e um ganhador, mas uma situação em que ambos saem ganhando.
Um relacionamento feliz é construido no dia a dia, o diálogo e a empatia são fundamentais. Na maioria das vezes o que acreditamos como "certo", é apenas uma questão de ponto de vista, o que depende da experiência de vida de cada um, e também do contexto. Admitir nossos erros é uma questão de inteligência, de querer viver em paz, e até mesmo uma oportunidade de aprender. Aceitar outros pontos de vista abre a nossa percepção e nos ensina a tolerância. A pergunta é sempre a mesma: “Você quer ser feliz ou quer estar sempre com a razão?”.