sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Deixando de lado a "neura" da perfeição

Com a correria do dia-a-dia mal temos tempo de dar conta de tantos afazeres, e muitas vezes nos sentimos frustradas por não conseguirmos fazer as coisas como desejaríamos. Não só queremos fazer tudo, mas queremos ser perfeitas em tudo. Mães excelentes, profissionais eficientes, esposas maravilhosas, amigas solícitas, mulheres lindas, modernas, cultas, inteligentes, antenadas, bem-humoradas... Ufa! São tantas as exigências que, para as perfeccionistas, vira sofrimento.
Aprender a lidar com o fato de sermos apenas seres humanos e, portanto, falíveis, é a solução para encontrarmos o equilíbrio e a paz interior.
A mania de perfeição traz angústia e inquietação constantes. Dificilmente alguém que é perfeccionista vive com paz interior, pois tranqüilidade interior e mania de perfeição não combinam, são conflitantes. Lembram da propaganda da "neura", pois é, a mania de perfeição é uma neura que só gera estresse e cansaço.
Relaxar um pouco com as cobranças que nos fazemos pode ser até um pouco difícil a princípio, mas é um exercício que vale a pena. E com isso, iremos nos tornar também mais tolerantes com os outros, o que só irá facilitar os relacionamentos humanos. Esta é uma decisão que irá trazer muitos benefícios, pois quando paramos para admirar e usufruir aquilo que estamos realizando, e sentimos prazer no que fazemos sem nos cobrar a perfeição absoluta, tudo fica mais bonito e mais prazeroso ao nosso redor. Podemos fazer o "nosso" melhor em tudo, mas sem sermos perfeitas. Aliás, acho que perfeição não existe!
Portanto, daquí pra frente sou a miss imperfeita, muito prazer.... E como diria Martha Medeiros:

"Sou uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio, levo e trago filhos do colégio, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro as amigas, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, vou ao dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, faço reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas por mais disciplinada que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer não. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer não. Culpa por nada, aliás. Culpa zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta entrou na maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que você seria modelo! Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito e mamasse direitinho.
Você é humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos...
É ter tempo. Tempo para fazer nada. tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela.
Para procurar um abajur novo para o seu quarto.
Tempo para voltar a estudar. Para engravidar.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser profissional sem deixar de existir. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
Portanto, não queira sair por aí batendo records..."



O tempo que você usa fazendo o que gosta, não é um tempo perdido.
Pense nisso!


 

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