
A exposição "Impressionismo – Paris e a modernidade", tem entre outras preciosidades, obras do renomado artista Van Gogh, considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas.
A denominação Impressionismo surgiu na França no século XIX, tendo como origem uma declaração pejorativa do crítico de arte francês Louis Leroy, ao ver a tela de Claude Monet (1840-1926), "Impression du Soleil Levant", ou "Impressão, Sol Nascente". O crítico apoderou-se do nome da peça quando escreveu o artigo "A Exposição dos Impressionistas" .
O Impressionismo foi o primeiro momento da arte moderna. Fechou um capítulo da História da Arte e abriu um outro novo. Enquanto os Realistas buscavam retratar a natureza tal qual ela é, tal qual ela existe, os impressionistas procuravam retratá-la tal qual a viam, num determinado momento. É um movimento artístico que se utilisa de pinceladas soltas dando ênfase na luz e no movimento, criando uma nova visão conceitual da natureza. A graciosidade das pinceladas, a intensidade das cores e a sensibilidade do artista, em conjunto, emocionam quem contempla suas obras.
No Impressionismo, a relação de sombra e luz é substituida por cores intensas, oriundas da luz solar sobre a superfícies dos objetos. Os artistas desse movimento geralmente pintavam as telas ao ar livre, em frente ao motivo, para que pudessem capturar melhor as nuances da luz e da natureza. A presença dos contrastes, da natureza, transparências luminosas, claridade das cores, sugestão de felicidade e de vida harmoniosa transparecem nas imagens criadas pelos impressionistas.
Adotando um princípio dinâmico por excelência, refletiam a vida contemporânea e a nova Paris, figuras cotidianas passam a ser utilizadas com as impressões momentâneas e fugazes do seu dia-a-dia.
Alegre e vibrante, a arte dos impressionistas enche os olhos de cor e luz, como a obra de Vincent Willem Van Gogh, ou simplesmente Van Gogh. Mas, a rigor, a obra de Vincent van Gogh não pertence a nenhuma corrente artística específica. Na falta de uma classificação mais precisa, costuma-se incluí-la no rótulo genérico do pós-impressionismo, termo criado posteriormente para definir um grupo de artistas, de diferentes estilos e tendências, surgidos no final do século 19. Ao provocar uma ruptura com seus antecessores, anteciparam alguns pressupostos da arte moderna do século 20.
Biografia de Van Gogh

Filho de um pastor protestante, ele seguiu a carreira do pai até optar definitivamente à pintura, dedicando-se a ela com o mesmo fervor que dedicava à pregação religiosa.
Começou a atuar profissionalmente ainda jovem, por volta dos 15 anos de idade. Trabalhou para um comerciante de arte da cidade de Haia. Com quase vinte anos, foi morar em Londres e depois em Paris, graças ao reconhecimento que teve. Porém, o interesse pelos assuntos religiosos acabou desviando sua atenção e resolveu estudar Teologia, na cidade de Amsterdã. Mesmo sem terminar o curso, passou a atuar como pastor na Bélgica, por apenas seis meses.
Resolveu retornar para a cidade de Haia, em 1880, e passou a dedicar um tempo maior à pintura. Sem recursos para um treinamento formal, adquiriu conhecimento necessário pesquisando livros e impressos. Começou a elaborar uma série de trabalhos, tendo como influência a Escola de Haia, utilizando técnicas de jogos de luzes. Neste período, suas telas retratavam a vida cotidiana dos camponeses e os trabalhadores na zona rural da Holanda. Os primeiros trabalhos de van Gogh, feitos ainda na Holanda, revelavam uma forte preocupação social ao retratar, com tons sombrios e monocromáticos, a vida miserável dos camponeses, em um momento em que a Revolução Industrial modificava a vida nas grandes cidades e provocava uma onda de pauperização extrema na zona rural. Impressionado com a vida e o trabalho dos pobres mineiros da cidade, elaborou vários desenhos à lápis.
O ano de 1886, foi de extrema importância em sua carreira. Foi morar em Paris, com seu irmão. Conheceu, na nova cidade, importantes pintores da época como, por exemplo, Emile Bernard, Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin e Edgar Degas, representantes do impressionismo. Ao entrar em contato com os impressionistas, van Gogh deixou de lado as cores escuras e passou a explorar a luminosidade e um cromatismo intenso. Mas sua arte não se submeteria aos princípios seguidos pelos colegas parisienses. Na verdade, levaria o impressionismo às últimas conseqüências, radicalizando a experiência de representação subjetiva da realidade.


A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, a 17 de Março de 1901. O artista produziu mais de mil obras durante os dez curtos anos que devotou à pintura. Em todos eles, assinava apenas “Vincent”.
A vida para Van Gogh foi uma sombria e desesperada luta contra a pobreza, a fome, o alcoolismo e a loucura. As pinceladas rápidas e enérgicas, as formas contorcidas e uso de cores primárias conferiam às telas uma dramaticidade única e revelavam a alma atormentada do artista. Van Gogh antecipava assim algumas características básicas do expressionismo, escola que romperá de vez com os padrões tradicionais de beleza. "Procuro exprimir as mais terríveis paixões humanas. Quero pintar o retrato das pessoas como eu as sinto e não como eu as vejo", dizia o artista.
O Museu Van Gogh em Amsterdã é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos. Os principais representantes do Impressionismo foram Monet, Manet, Renoir, Camile Pissaro, Alfred Sisley, Degas, Cézanne, Boudin (professor de Monet), Morisot, dentre outros.
Fonte: Wikipedia
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