segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Molho de tomate caseiro

Os antioxidantes são compostos químicos que auxiliam no combate aos radicais livres e na prevenção de doenças crônicas. Por isso, consumir habitualmente alimentos ricos em antioxidantes pode ajudar na manutenção da saúde e qualidade de vida.

Entre os alimentos considerados antioxidantes, podemos destacar o tomate que é excelente fonte das vitaminas A, B e C, e de sais minerais como Fósforo, Ferro, Potássio, Magnésio. Além disso, o tomate é a fonte mais rica em Licopeno, poderoso antioxidante que combate os radicais livres, retarda o envelhecimento e pode proteger contra o câncer, inclusive o de próstata.
E ainda, o tomate quando cozido não perde suas propriedades, pelo contrário, a ação do licopeno aumenta com o cozimento. Então, quem não gosta de salada pode abusar dos molhos!
Muito versátil, o molho de tomate é um dos mais usados na cozinha. Seja na pizza, na macarronada, ou em outras receitas. Portanto, ter sempre à disposição um molho caseiro pronto, ajuda muito na hora de cozinhar.

Veja como prepará-lo e conservá-lo de um jeito prático para utilizar a hora que quiser:

Em uma panela grande, em fogo médio, coloque 2 kg de tomates sem pele e sementes picados, 3 dentes de alho amassados, 3 folhas de louro, 4 colheres (sopa) de óleo ou azeite, refogue por 10 minutos. Abaixe o fogo, junte 1/2 xícara (chá) de água e cozinhe por 1 hora, mexendo de vez em quando até que o tomate vire um purê. Tempere com sal, orégano e 1 pitada de açúcar, para tirar a acidez do tomate, cozinhe por mais 10 minutos. Coloque pouco sal, pois o congelamento apura os temperos, e você pode corrigir o sabor quando for usar, acrescentando mais sal se precisar.

Para congelar, você precisa esfriar o molho. Então, mergulhe parcialmente a panela em um recipiente com água gelada e pedras de gelo, para dar um choque rápido. Quando este estiver frio, coloque em formas de gelo e leve ao congelador por 3 horas. Desenforme, coloque em saquinhos plásticos e volte ao congelador. Conserve por até 60 dias. Para descongelar, basta levar os cubinhos de molho ainda congelados direto ao fogo baixo, em uma panela. Se desejar, acrescente outros ingredientes como cebola, pimentão, coentro, salsa e cebolinha, assim que o molho estiver descongelado.

O molho de tomate caseiro pode ficar congelado por três meses no freezer, um mês no congelador convencional e cinco dias quando apenas conservado em geladeira.
 
Dica: Para tirar a pele do tomate, faça um x com uma faca afiada no lado contrário onde fica o cabinho da fruta, isso mesmo, pois ele é uma fruta. Coloque-o numa vasilha com água fervendo e em seguida coloque-os em outra vasilha com água fria (com pedras de gelo). Onde foi feito o x com a faca, a pelinha começará a soltar, é só puxar. 
 
 
 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Deixando de lado a "neura" da perfeição

Com a correria do dia-a-dia mal temos tempo de dar conta de tantos afazeres, e muitas vezes nos sentimos frustradas por não conseguirmos fazer as coisas como desejaríamos. Não só queremos fazer tudo, mas queremos ser perfeitas em tudo. Mães excelentes, profissionais eficientes, esposas maravilhosas, amigas solícitas, mulheres lindas, modernas, cultas, inteligentes, antenadas, bem-humoradas... Ufa! São tantas as exigências que, para as perfeccionistas, vira sofrimento.
Aprender a lidar com o fato de sermos apenas seres humanos e, portanto, falíveis, é a solução para encontrarmos o equilíbrio e a paz interior.
A mania de perfeição traz angústia e inquietação constantes. Dificilmente alguém que é perfeccionista vive com paz interior, pois tranqüilidade interior e mania de perfeição não combinam, são conflitantes. Lembram da propaganda da "neura", pois é, a mania de perfeição é uma neura que só gera estresse e cansaço.
Relaxar um pouco com as cobranças que nos fazemos pode ser até um pouco difícil a princípio, mas é um exercício que vale a pena. E com isso, iremos nos tornar também mais tolerantes com os outros, o que só irá facilitar os relacionamentos humanos. Esta é uma decisão que irá trazer muitos benefícios, pois quando paramos para admirar e usufruir aquilo que estamos realizando, e sentimos prazer no que fazemos sem nos cobrar a perfeição absoluta, tudo fica mais bonito e mais prazeroso ao nosso redor. Podemos fazer o "nosso" melhor em tudo, mas sem sermos perfeitas. Aliás, acho que perfeição não existe!
Portanto, daquí pra frente sou a miss imperfeita, muito prazer.... E como diria Martha Medeiros:

"Sou uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio, levo e trago filhos do colégio, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro as amigas, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, vou ao dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, faço reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas por mais disciplinada que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer não. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer não. Culpa por nada, aliás. Culpa zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta entrou na maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que você seria modelo! Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito e mamasse direitinho.
Você é humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos...
É ter tempo. Tempo para fazer nada. tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela.
Para procurar um abajur novo para o seu quarto.
Tempo para voltar a estudar. Para engravidar.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser profissional sem deixar de existir. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
Portanto, não queira sair por aí batendo records..."



O tempo que você usa fazendo o que gosta, não é um tempo perdido.
Pense nisso!


 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

"Dia Nacional da Consciência Negra"

Existe uma tendência no ser humano em ver o mundo através da sua cultura, fazendo com que ele seja propenso a considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural, julgando tudo o que for diferente como errado, estranho e até mesmo inaceitável.
Desde que o mundo é mundo, a incompreensão e a intolerância em relação aos aspectos das outras culturas, incluindo raça, costumes e religião tem sido através dos tempos, a origem dos preconceitos e a causa de muitas discórdias. 
E ainda hoje, após séculos de guerras e conflitos, a discriminação racial, religiosa e cultural ainda persiste na maioria das sociedades. Agressões verbais, e até físicas, praticadas contra os estranhos que se arriscam em determinados bairros periféricos das grandes cidades é um dos exemplos.
Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico que se considera superior a outro. A esta tendência se dá o nome de Etnocentrismo, termo formado pela justaposição da palavra de origem grega "ethnos" que significa "nação, tribo ou pessoas que vivem juntas" e centrismo que indica o centro. É um conceito antropológico cujo significado é a valorização exagerada de um determinado grupo social em relação aos valores de outro. Feita a partir de um ponto de vista específico, essa avaliação é, por definição, preconceituosa.
Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes, desconhecimento dos diferentes hábitos culturais, levando ao desrespeito, depreciação e intolerância por quem é diferente, originando em seus casos mais extremos, atitudes desrespeitosas, preconceituosas, radicais e xenófobas. Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros, de respeitar as crenças e de aceitar que, não existe na verdade um povo superior ou inferior, mas sim com determinadas diferenças. Pertencemos à raça humana, e somos todos iguais. 

E hoje, 20 de novembro, "Dia Nacional da Consciência Negra", espero que seja um dia de reflexão e repúdio a todas as formas de preconceitos.
Muito embora no Brasil o racismo seja negado, a escolha desta data é uma forma de luta pela visibilidade do problema, mostrando o quanto o país está marcado por diferenças e discriminações raciais. A data surgiu como alternativa para a comunidade negra brasileira, por ser mais significativa do que o dia 13 de maio, o "Dia da Abolição da Escravatura. Em um de seus poemas sobre a abolição da escravidão,  o poeta gaúcho Oliveira Silveira, refere-se a ela como: "Treze de maio traição, liberdade sem asas e fome sem pão", devido ao fato da Lei Àurea ter relegado os negros à própria sorte, submetendo-os a um forte processo de segregação urbana, sem condições de sobrevivência e distantes da sua terra natal, enfrentando imensas dificuldades de ascensão social, o que ainda implica em desigualdade até os dias atuais.  

Em 1971 o 20 de novembro foi celebrado pela primeira vez. A idéia se espalhou por outros movimentos sociais de luta contra a discriminação racial e, no final dos anos 1970, já aparecia como proposta nacional do Movimento Negro Unificado. O projeto do Dia Estadual da consciência negra originou a Lei de n.º 12056 de 12 de janeiro de 1993, onde estabelece que o Governo e a Assembléia legislativa promoverão atividades alusivas a esta data. Ficou instituído também que as comemorações nas escolas públicas estarão relacionadas a dedicação das atividades curriculares para abordagem de temas relativos a participação do negro na história do Brasil. Com toda certeza, só a educação poderá esclarecer a todos, sobretudo aos brancos, o que representou para a raça negra o que lhe foi imposto pelo tráfico escravista.

 
"E que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz..."
 
 
 

domingo, 18 de novembro de 2012

"Se Liga!" Um experiência de diversão e conhecimento!

Um programão para este fim de semana e para o próximo feriado do dia 20, é visitar a exposição “Se Liga!”, que começou na última quinta-feira e vai até o dia 16 de dezembro no Shopping Nova América, em Del Castilho.

Com uma cenografia e design diferenciados, o evento aborda temas como cultura, ciência e sustentabilidade. Baseado em roteiro interativo a exposição conta com vários recursos, e é uma ótima oportunidade de revisar a história do nosso planeta e de aprender sobre a trajetória da relação do homem com o entorno, além de proporcionar ao visitante uma experiência inédita de conhecimento, através de uma narrativa instigante e atraente.

Questões existenciais são abordadas através de poemas, filmes, trilha sonora, videoinstalações, documentários, animações e instalações que proporcionam uma imersão sensorial nos temas apresentados, mostrando o longo processo de mudanças do planeta e as ações humanas, culminando numa das mais importantes questões contemporâneas: a sustentabilidade.

O espaço conta com mais de 1.000 m² divididos em 8 salas, onde o visitante se depara com vários questionamentos.
 
De onde viemos?
É um dos questionamentos principais e o mais comum de todos os tempos, tema da primeira sala da exposição. Nela o público conhece a origem do universo sob o ponto de vista da ciência, mas também de mitos e cosmologias. São exibidos vídeos impressionantes de observação do universo, feitos pela Nasa. Teoria do Big Bang, a Expansão do Universo e os Buracos Negros são alguns dos temas abordados nesta sala.
A cada sala o visitante é surpreendido e convidado a interagir, de forma física ou virtual. Num tour de cultura e conhecimento, numa das salas, abre-se o grande arquivo da história, da revolução industrial aos dias de hoje.

A exposição conta uma história que interessa a todos nós: um resumo da trajetória do nosso planeta, culminando num dos mais importantes temas da atualidade: um futuro melhor é possível?
Imperdivel!

Dias e horários: de terças-feiras a domingos, de 15 de novembro a 16 de dezembro, das 14h às 21h (em dias úteis) e das 11h às 21h (em fins de semana)
Local: Estacionamento do Shopping Nova América. Av. Pastor Martin Luther King Jr., 126. Del Castilho
Ingresso: R$ 14 (dias úteis); R$ 20 (fins de semana e feriados)
*Meia-entrada para estudantes com comprovação, idosos (maiores de 60 anos) e quem apresentar cartão do Metrô Rio com créditos válidos.
*Aqueles que levarem 1 kg de alimento (exceto sal e açúcar) têm direito a meia entrada.
Mais informações: (21) 2583-1563 ou pelos sites: 
 
 
 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Onde está a tal "felicidade"?

A felicidade está sempre onde a pomos, mas nós nunca a pomos onde nós estamos...
Quando pequenos, achamos que seremos mais felizes quando crescermos, pois pensamos que ser criança é "chato". Aí crescemos, e achamos que ser adolescente é simônimo de "cobranças". Acreditamos que seria maravilhoso alcançar a "maioridade". De repente, chegamos lá, e concluimos que não é bem assim, ao nos depararmos com as responsabilidades e os desafios a enfrentar. E assim por diante, nunca estamos satisfeitos com a vida, deixando de aproveitar o que cada fase nos traz. E a vida segue, ficamos adultos e continuamos a procurar a "tal felicidade". Gastamos mais tempo idealizando do que vivendo a realidade, planejando mais do que fazendo, e esperando por "algo", que achamos que irá nos fazer felizes. Desperdiçamos a vida sonhando com aquilo que gostaríamos de ser ou ter, ao invés de sermos felizes com aquilo que somos e temos... Mas, se um dia olharmos para traz, iremos nos lembrar o quanto éramos felizes quando crianças. E na adolescência, quanta alegria, quantas descobertas... E diante disso, não será difícil perceber que a "FELICIDADE" estava lá o tempo todo, e que ela é um "estado de espírito", está dentro de nós. Vale também lembrar que ninguém é feliz 100% do tempo, os problemas sempre surgem e, em certa medida, são bons para "firmar os pés no chão". Porém, o segredo é encará-los de frente, não deixando que eles causem desgastes. Será preciso disposição para compreender que a felicidade está aqui onde estamos e depende da forma como encaramos a vida. E para sentí-la só precisamos estar atentos ao nosso redor e valorizar cada momento. É preciso olhar, ouvir, sentir e saborear a vida que se revela em cada acontecimento. Mesmo os mais rotineiros... Felicidade é descobrir a beleza no canto dos pássaros, ver o pôr-do-sol, o sorriso de uma criança, se encantar com a perfeição de uma flor. Passear pelos parques, sentir a relva, olhar a natureza e sentir-se parte dela. Compreender que a beleza da vida está na sua "finitude", na sutileza de cada momento, e que embora a vida seja breve, pode ter a intensidade que dermos a ela. A felicidade é estar aqui, agora, fazendo exatamente o que estamos fazendo: lendo, escrevendo, ouvindo a música preferida, refletindo, amando, "existindo". Podemos comparar a felicidade com as borboletas, se corremos atrás delas, elas fogem, mas se cultivarmos belas flores em nossos jardins, com certeza elas virão...

Que a felicidade toque seu coração!

 
 
 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Bolo Gelado de Coco

Fim de semana combina com lanche e descontração, e para agradar à família aquí vai uma sugestão de um bolo de coco que pode ser feito na véspera e servido no lanche. Ele fica bem molhadinho e é servido gelado, uma delícia!

 
 
Bolo Gelado de Coco

Ingredientes

Para a massa:
5 ovos (claras e gemas separadas)
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de leite fervendo
½ colher (sopa) de fermento em pó

Para a calda:

½ vidro de leite de coco (100 ml)
2 xícaras (chá) de leite
4 colheres (sopa) de açúcar
250 g de coco ralado fresco ou desidratado

Modo de fazer:

Massa:

Bata as claras em neve até o ponto de picos firmes (velocidade média da batedeira).
Acrescente as gemas e continue batendo. Junte o açúcar, diminua a velocidade e cubra a batedeira com um pano para não se sujar. Misture a farinha, o leite e, por último, coloque o fermento. Despeje a massa numa assadeira retangular (15 cm x 30 cm) untada e enfarinhada. Leve ao forno médio por 40 min. ou até dourar. Retire do forno, deixe esfriar e corte em quadrados de 5 cm x 5 cm. Reserve.

Para a calda:

Numa vasilha, misture o leite de coco, o leite, o açúcar e o coco ralado.
Molhe cada pedaço do bolo com 3 colheres de sopa da mistura do coco ralado e embrulhe em pedaços um a um de papel-alumínio de 25x25cm.

Leve à geladeira por 2 horas ou deixe de um dia para o outro (fica mais saboroso).
40 minutos (20 porções)
 
 

 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A vida e as cores vibrantes de Van Gogh

Quem vai ao Museu d'Orsay em Paris, se emociona ao ver de perto as obras de arte que consagraram os artistas de uma das mais belas fases da pintura, o Impressionismo. Por isso, fiquei feliz com a oportunidade de poder rever os trabalhos dos maiores artistas de todos os tempos, na exposição que está em cartaz no CCBB do Rio de Janeiro.
A exposição "Impressionismo – Paris e a modernidade", tem entre outras preciosidades, obras do renomado artista Van Gogh, considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas.

A denominação Impressionismo surgiu na França no século XIX, tendo como origem uma declaração pejorativa do crítico de arte francês Louis Leroy, ao ver a tela de Claude Monet (1840-1926), "Impression du Soleil Levant", ou "Impressão, Sol Nascente". O crítico apoderou-se do nome da peça quando escreveu o artigo "A Exposição dos Impressionistas" .
O Impressionismo foi o primeiro momento da arte moderna. Fechou um capítulo da História da Arte e abriu um outro novo. Enquanto os Realistas buscavam retratar a natureza tal qual ela é, tal qual ela existe, os impressionistas procuravam retratá-la tal qual a viam, num determinado momento. É um movimento artístico que se utilisa de pinceladas soltas dando ênfase na luz e no movimento, criando uma nova visão conceitual da natureza. A graciosidade das pinceladas, a intensidade das cores e a sensibilidade do artista, em conjunto, emocionam quem contempla suas obras.

No Impressionismo, a relação de sombra e luz é substituida por cores intensas, oriundas da luz solar sobre a superfícies dos objetos. Os artistas desse movimento geralmente pintavam as telas ao ar livre, em frente ao motivo, para que pudessem capturar melhor as nuances da luz e da natureza. A presença dos contrastes, da natureza, transparências luminosas, claridade das cores, sugestão de felicidade e de vida harmoniosa transparecem nas imagens criadas pelos impressionistas.

Adotando um princípio dinâmico por excelência, refletiam a vida contemporânea e a nova Paris, figuras cotidianas passam a ser utilizadas com as impressões momentâneas e fugazes do seu dia-a-dia.

Alegre e vibrante, a arte dos impressionistas enche os olhos de cor e luz, como a obra de Vincent Willem Van Gogh, ou simplesmente Van Gogh. Mas, a rigor, a obra de Vincent van Gogh não pertence a nenhuma corrente artística específica. Na falta de uma classificação mais precisa, costuma-se incluí-la no rótulo genérico do pós-impressionismo, termo criado posteriormente para definir um grupo de artistas, de diferentes estilos e tendências, surgidos no final do século 19. Ao provocar uma ruptura com seus antecessores, anteciparam alguns pressupostos da arte moderna do século 20.


Biografia de Van Gogh


Van Gogh nasceu em 1853 em Groot-Zundert na Holanda e morreu em 1890 com apenas 37 anos. O pintor pós-impressionista holandês, viveu a maior parte de sua vida na França e sua obra teve influência decisiva sobre o expressionismo.
Filho de um pastor protestante, ele seguiu a carreira do pai até optar definitivamente à pintura, dedicando-se a ela com o mesmo fervor que dedicava à pregação religiosa.
Começou a atuar profissionalmente ainda jovem, por volta dos 15 anos de idade. Trabalhou para um comerciante de arte da cidade de Haia. Com quase vinte anos, foi morar em Londres e depois em Paris, graças ao reconhecimento que teve. Porém, o interesse pelos assuntos religiosos acabou desviando sua atenção e resolveu estudar Teologia, na cidade de Amsterdã. Mesmo sem terminar o curso, passou a atuar como pastor na Bélgica, por apenas seis meses.
Resolveu retornar para a cidade de Haia, em 1880, e passou a dedicar um tempo maior à pintura. Sem recursos para um treinamento formal, adquiriu conhecimento necessário pesquisando livros e impressos. Começou a elaborar uma série de trabalhos, tendo como influência a Escola de Haia, utilizando técnicas de jogos de luzes. Neste período, suas telas retratavam a vida cotidiana dos camponeses e os trabalhadores na zona rural da Holanda. Os primeiros trabalhos de van Gogh, feitos ainda na Holanda, revelavam uma forte preocupação social ao retratar, com tons sombrios e monocromáticos, a vida miserável dos camponeses, em um momento em que a Revolução Industrial modificava a vida nas grandes cidades e provocava uma onda de pauperização extrema na zona rural. Impressionado com a vida e o trabalho dos pobres mineiros da cidade, elaborou vários desenhos à lápis.

O ano de 1886, foi de extrema importância em sua carreira. Foi morar em Paris, com seu irmão. Conheceu, na nova cidade, importantes pintores da época como, por exemplo, Emile Bernard, Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin e Edgar Degas, representantes do impressionismo. Ao entrar em contato com os impressionistas, van Gogh deixou de lado as cores escuras e passou a explorar a luminosidade e um cromatismo intenso. Mas sua arte não se submeteria aos princípios seguidos pelos colegas parisienses. Na verdade, levaria o impressionismo às últimas conseqüências, radicalizando a experiência de representação subjetiva da realidade.

Na arte foi, sobretudo um autodidata, mas recebeu uma grande influência destes mestres do impressionismo, como podemos perceber em várias de suas obras. Dois anos após ter chegado à França, parte para a cidade de Arles, ao sul do país. Uma região rica em paisagens rurais, com um cenário bucólico, onde pintou paisagens, naturezas mortas e retratos que se tornaram seus trabalhos mais famosos. Foi neste contexto que pintou várias obras com girassóis. Em Arles, fez único quadro " A Vinha Encarnada". Convidou Gauguin para morar com ele no sul da França. E sua tentativa de fundar com ele um centro artístico naquela região, terminou em desastrosa experiência de automutilação. No início, a relação entre os dois era tranqüila, porém com o tempo, os desentendimentos foram aumentando e, quando Gauguin retornou para Paris, Vincent entrou em depressão. Em várias ocasiões teve ataques de violência e seu comportamento ficou muito agressivo. Foi neste período que chegou a cortar sua orelha. Seu estado psicológico chegou a refletir em suas obras. Deixou a técnica do pontilhado e passou a pintar com rápidas e pequenas pinceladas. No ano de 1889, sua doença ficou mais grave e teve que ser internado numa clínica psiquiátrica. Nesta clínica, dentro de um mosteiro, havia um belo jardim que passou a ser sua fonte de inspiração. As pinceladas foram deixadas de lado e as curvas em espiral começaram a aparecer em suas telas. No mês de maio, deixou a clínica e voltou a morar em Paris, próximo de seu irmão e do doutor Paul Gachet, que iria lhe tratar. Este doutor foi retratado num de seus trabalhos: Retrato do Doutor Gachet. Porém a situação depressiva não regrediu. No dia 27 de julho de 1890, atirou em seu próprio peito. Foi levado para um hospital, mas não resistiu, morrendo três dias depois.

Considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, tem influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XIX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo, porém a genialidade de Vincent Van Gogh somente foi reconhecida após a sua morte. Em vida, o artista holandês, que passou fome e frio, viveu em barracos e conheceu a miséria, vendeu apenas uma pintura "A Vinha Encarnada". Em maio de 1990, uma de suas mais conhecidas obras, "O Retrato de Dr. Gachet", pintado um século antes, justamente no ano de sua morte, foi comercializado por US$ 82,5 milhões.

A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, a 17 de Março de 1901. O artista produziu mais de mil obras durante os dez curtos anos que devotou à pintura. Em todos eles, assinava apenas “Vincent”.

A vida para Van Gogh foi uma sombria e desesperada luta contra a pobreza, a fome, o alcoolismo e a loucura. As pinceladas rápidas e enérgicas, as formas contorcidas e uso de cores primárias conferiam às telas uma dramaticidade única e revelavam a alma atormentada do artista. Van Gogh antecipava assim algumas características básicas do expressionismo, escola que romperá de vez com os padrões tradicionais de beleza. "Procuro exprimir as mais terríveis paixões humanas. Quero pintar o retrato das pessoas como eu as sinto e não como eu as vejo", dizia o artista.

O Museu Van Gogh em Amsterdã é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos. Os principais representantes do Impressionismo foram Monet, Manet, Renoir, Camile Pissaro, Alfred Sisley, Degas, Cézanne, Boudin (professor de Monet), Morisot, dentre outros.



Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Os 110 anos do grande poeta Drummond

Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987), se estivesse vivo, completaria 110 anos no dia 31 de outubro de 2012.
Mais do que saudade, o poeta deixou uma obra magnífica, pontuada pelo que há de melhor na literatura. O poeta mineiro que é orgulho de Itabira, numa justa homenagem, tem seus poemas registrados e exibidos em placas pelas ruas da cidadezinha onde nasceu. São 44 placas espalhadas em ruas e praças da cidade, que receberam o nome de "Caminhos Drummondianos", com o objetivo de divulgar o turismo cultural na pequena Itabira e colocar o público em contato com a sua poesia.
Drummond formou-se em Farmácia, na cidade de Ouro Preto, aos 23 anos, por insistência da família, mas preferiu se dedicar ao Jornalismo.  Ele que se dizia um “poeta menor” foi um dos grandes escritores jamais produzidos pela literatura brasileira. Talvez pela simplicidade de suas frases, por sua paixão humana ou por encontrar a grandeza no que havia de mais diminuto. Ficou famoso por suas histórias sobre o cotidiano e o amor, sabia ler a vida e alma do homem comum, como ele mesmo foi. Grande divulgador do modernismo, o escritor entrou para a história da literatura brasileira essencialmente como poeta, apesar de sua produção incluir livros infantis, contos e crônicas.
Fundou com outros autores, como Emílio Moura, "A Revista", periódico de divulgação do modernismo no Brasil. Segundo relatos, essa publicação não teve longa duração, mas foi o principal órgão modernista de Minas Gerais.
Em 1928, Drummond publicou o poema "No meio do Caminho", na Revista Antropofagia de São Paulo. A obra projetou o poeta. Chamou a atenção por sua linguagem coloquial e sua temática inovadora.
Seu primeiro livro foi publicado em 1930, "Alguma Poesia", três anos depois o escritor mudou-se para o Rio de Janeiro e ingressou no Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Drummond foi convidado por Luís Carlos Prestes para ser editor do diário "Imprensa Popular".
O poeta guardava dentro de si a inquietação de um criador inspirado, tinha um estilo marcado por um cuidado com a escrita, autor de uma vasta obra poética dividida em três períodos criativos caracterizados primeiro pela ironia, depois pelos temas sociais e por último por assuntos metafísicos.
Várias de suas obras foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.
 
Na Flip 2012, o poeta Carlos Drummond foi homenageado, e foram lançados alguns trabalhos inéditos do escritor. Entre as principais publicações destacam-se "25 Poemas da Triste Alegria" (Cosac Naify), livro de 1924 nunca publicado pelo autor, e "Cyro & Drummond" (Editora Globo), que reúne 50 anos de correspondência entre Drummond e o escritor Cyro dos Anjos.
Sua obra oficial tem sido relançada pela Companhia das Letras, que venceu a disputa pelos direitos de Drummond com a Record. Entre os livros já lançados estão "A Rosa do Povo" (1945), "Claro Enigma" (1951), "Contos de Aprendiz" (1951), e "Fala, Amendoreira" (1957).
A matéria prima da sua obra era o cotidiano, de acontecimentos banais, corriqueiros, gestos ou paisagens simples, ele tirava poesia. E sua alma de poeta conclui: 

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida esta no amor que não damos nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do  sofrimento, perdemos também a felicidade."
 
Carlos Drummond de Andrade