Hoje me dou conta de que a gente não vê o mundo como ele é, a gente vê o mundo como a gente é...

De tanto ouvirmos dizer que: a vida é dura, que é preciso "lutar" para conseguirmos vencer... que tempo é dinheiro, que aquilo é supérfluo, que isso é loucura, ou perda de tempo... Não só damos ouvidos a tudo, mas parece que também colocamos vendas em nossos olhos. Nos enredamos na loucura do "ter", e deixamos de lado o "ser", que só pode existir se olharmos atentamente as coisas que nos cercam, e dermos vazão ao "sentir"...
Deixamos de apreciar a natureza que esbanja cores e esplendor, deixamos também de olhar nos olhos das pessoas, nos envergonhamos ao falar de amor. Passamos anos sem andar descalços na grama, sem ouvir o canto dos pássaros, o barulho de uma cachoeira, de sentir o cheiro da terra molhada pela chuva. Esquecemos o prazer das coisas simples, das coisas que não têm preço...
Para completar, acreditamos também que algumas atitudes e sentimentos são ridículos, que não ficam bem para um adulto... Que homem que é homem não chora... não se comporta assim... etc, etc... E, com isso, vamos nos embrutecendo, nos tornando fechados, e até mesmo insensíveis. Deixamos de lado as manifestações de afeto, esquecemos de apreciar as coisas que temos e que são tão valiosas, como a família, os amigos, o amor do companheiro, os filhos, e até de valorizar o emprego que nos dá o sustento. Neste caso, não vale cair nos opostos, que de um lado torna a pessoa um escravo do trabalho, e do outro uma pessoa sem expectativas que só faz reclamar, mas nunca faz nada para melhorar a sua condição no emprego.
Acreditando em que tudo o que nos dizem, passamos também a descrer do amor, dos sentimentos puros e desinteressados e, com isso, nos sentimos vazios com a vida ordinária e sem brilho que nos acostumamos a viver, e então entristecemos... É a alma que clama por beleza e alegria, sedenta de vida e êxtase, exigindo um pouco de poesia para poder prosseguir.
Muitos se esforçam procurando alento, buscando fora, o que está dentro... Outros se entregam, desistindo da alegria, achando que a felicidade é pura ficção. Muito embora na maioria das vezes, não se deem conta de que o que lhes falta é poesia... aquela que nos desacostumamos a "ver", mesmo que ela esteja ao nosso alcance todos os dias.
Como que "anestesiados" deixamos de sonhar, conformados, acreditamos que aquele amor intenso que gostaríamos de viver, só encontraremos nas telas do cinema, onde o galã vai atrás da amada, e sem nenhum pudor, confessa que "não vive sem ela"... E que só no teatro, poderemos rir da grande comédia da vida... por não conseguirmos mais achar graça no cotidiano. E com a poesia, entraremos em contato com a nossa sensibilidade adormecida, pois só o poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. A grande verdade é que a arte transmuta e transborda tudo aquilo que o cotidiano insiste em conter... A arte existe porque a vida não basta", como diz Ferreira Gullar. Mas a vida também é arte, que precisa brotar...

Deixamos de apreciar a natureza que esbanja cores e esplendor, deixamos também de olhar nos olhos das pessoas, nos envergonhamos ao falar de amor. Passamos anos sem andar descalços na grama, sem ouvir o canto dos pássaros, o barulho de uma cachoeira, de sentir o cheiro da terra molhada pela chuva. Esquecemos o prazer das coisas simples, das coisas que não têm preço...
Para completar, acreditamos também que algumas atitudes e sentimentos são ridículos, que não ficam bem para um adulto... Que homem que é homem não chora... não se comporta assim... etc, etc... E, com isso, vamos nos embrutecendo, nos tornando fechados, e até mesmo insensíveis. Deixamos de lado as manifestações de afeto, esquecemos de apreciar as coisas que temos e que são tão valiosas, como a família, os amigos, o amor do companheiro, os filhos, e até de valorizar o emprego que nos dá o sustento. Neste caso, não vale cair nos opostos, que de um lado torna a pessoa um escravo do trabalho, e do outro uma pessoa sem expectativas que só faz reclamar, mas nunca faz nada para melhorar a sua condição no emprego.

Muitos se esforçam procurando alento, buscando fora, o que está dentro... Outros se entregam, desistindo da alegria, achando que a felicidade é pura ficção. Muito embora na maioria das vezes, não se deem conta de que o que lhes falta é poesia... aquela que nos desacostumamos a "ver", mesmo que ela esteja ao nosso alcance todos os dias.


O melhor da vida é poder sempre recomeçar... Se preciso, por quê não chutar o pau da barraca, e seguir novos rumos? Um pouquinho de loucura pode dar mais sabor à vida. "A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal." ... como diria Raul Seixas.

Pense nisso! Um ótimo final de semana!
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