domingo, 27 de abril de 2014

Festa de arromba...

A festa estava incrível, como há muito tempo eu não via igual. Gente bonita e alegre que pareciam estar gostando do lugar.

Tudo muito bem organizado, a começar pela decoração. A anfitriã caprichou na escolha do som, da comida, servida com requinte... A bebida, eu tenho a certeza que muuitos estavam adorando, dado à quantidade e variedade, constantemente servida pelos garçons.

Com ambientes separados, a casa de festas, oferecia música para todos os gostos... Num andar acima, os jovens se esbaldavam ao som de Valesca Popozuda... "beijinho no ombro", era a sensação... Tive até vontade de juntar-me a eles. Mas no andar de baixo, no qual eu estava, a música era boa, uma banda tocava ao vivo, com um ótimo cantor. 

Lá pelas tantas, o ritmo esquentou..., até quem parecia não saber dançar, se remexia na cadeira com o ritmo contagiante do repertório, que passeava pela MPB. Como não me faço de rogada, fui uma das primeiras a entrar na pista de dança. Juro que não bebi nada mais do que dois coquetéis deliciosos, feitos na hora por um bar men, mas para mim que nunca bebo, foi o suficiente para ficar meio alegrinha. Aliás, não preciso nem de bebida para ter vontade de dançar, coisa que adoro fazer até em casa sozinha... basta a música me tocar...

A música era um convite... ora relembrando os clássicos dos anos 80, tendo, por vezes, um samba para variar. Tocaram de tudo, até um saxofonista apareceu e, como não podia deixar de ser, agradou a todos, que muito o aplaudiram.

Acho que quem não se arriscava a dar uns passinhos, morria de vontade, mas, por algum motivo não o fazia... As mesas "quase" vazias, comprovavam que era na pista de dança que estava a animação...


Minha maravilhosa sandália dourada, já incomodava os meus pés... resolvi me sentar um pouco e, enquanto tomava um gole de água, pensava se colocava ou não aquela sandália de dedo que eu ganhara ao chegar à recepção.

Como a maioria das mulheres já haviam descido do salto, não hesitei. Quando ia voltar para a pista toda animada, eis que ouço alguém dizer: "...olha como a fulana dança. Eu acho "ridículo" uma "mãe" de família se comportar dessa forma..." Dei uma olhada para "conferir" o que a fulana estava fazendo de tão "extravagante", que merecesse ser "censurada". Mas o meu senso crítico não viu "nada de mais"...

Porém, a outra que havia permanecido sentada durante toda a festa, insistia: "pega mal" para uma mulher que já é "quase avó", dançar essas músicas... Achei que a dançarina em foco não tinha jeito de "quase avó", acho que era apenas mais uma maldade da sua "inimiga oculta"... Tive vontade de dizer alguma coisa em defesa da desconhecida, que dançava como se ninguém estivesse olhando; parecia feliz..., mas pensei: a melhor resposta talvez seja o silêncio. Pedi licença e voltei para a pista, desta vez, com o meu chinelinho de dedo. Fui me juntar aos que estavam realmente aproveitando a festa, que já estava chegando ao fim. Àqueles, que estavam "felizes demais" para se preocupar com a forma que estavam dançando...

Faço minhas as palavras do comunicador Carlos Antônio, da Rádio Globo: "Vale a pena tentar: dançar como se ninguém estivesse olhando e cantar como se ninguém estivesse ouvindo..." Talvez aí esteja o segredo da felicidade.



 

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