quarta-feira, 30 de abril de 2014

De mulher pra mulher... e, para os homens também.

Há poucos dias, recebi um e-mail de uma leitora do blog elogiando uma postagem que fiz em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, no ano passado. Já fazia tanto tempo que eu nem me lembrava mais do texto por inteiro, então, voltei a ele, para poder responder à atenciosa leitora.
Fiquei pensando na questão da mulher, em nosso país e no mundo, quando fui surpreendida com a notícia de que o Iraque, país muçulmano, está discutinho um projeto de lei que permite o casamento com meninas de apenas 9 anos. 
No país citado anteriormente, o projeto de lei ressalta também outros "direitos" exclusivos dos homens, não permitindo às mulheres nenhuma reinvidicação.
 
Religião e costumes à parte, o que me espanta, na verdade, é o desrespeito à mulher em várias partes do mundo, inclusive no nosso país, que se diz liberal e igualitário. Há poucos dias vimos no noticiário, o resultado de uma pesquisa que dizia que: mulheres que se vestiam desta ou daquela forma "mereciam" ser estupradas... Mal pude acreditar que ainda existam pessoas que pensem dessa forma. O fato gerou muita polêmica e virou notícia em rede nacional.
 
O que eu me pergunto é: será que em pleno Século XXI algumas pessoas ainda continuam a tratar o seu semelhante  como uma presa, usando a lei do mais forte para subjugá-lo? Será que  "igualdade" é apenas uma palavrinha, da qual, eles não sabem o real significado? Ou essa minoria, assim espero, que é a favor do "estupro", pensa nas mulheres da família dele quando se diz a favor do pavoroso ato? Acho que não...
 
Acho que só sendo mulher para sentir na pele a descriminação e o desrespeito que a tem oprimido durante séculos. Para vibrar com as vitórias alcançadas. Para ensinar aos filhos o que é igualdade e respeito, não só à mulher, mas a todo ser humano. Só sendo mulher para entender e valorizar um gesto gentil e atencioso de um homem, quando muitos não o fazem, por medo de parecerem "menos viris"... 
 
Todos temos o direito à liberdade, não só de expressão, mas direitos de sermos do jeito que quisermos ser... de usar a roupa de quisermos, de ir e vir. Ninguém tem o direito de cercear a liberdade de outra pessoa, seja ela namorada ou esposa. Não importa o vínculo...
 
Cabe à mulher decidir o que é melhor para ela e, isso, a grande maioria tem feito quando vai em busca dos seus ideiais, quando lota as salas de aulas da universidades deste país...
 
Graças a Deus, no Brasil, a constituição diz que: "...todos são iguais perante a lei". No fundo, desejo que, no mundo inteiro, isso, realmente aconteça, mas que não seja apenas mais um "direito" na constituição.
 
Não importa o credo, a raça, os costumes, somos todos iguais... Que todo e qualquer preconceito deixe de existir. Que cresçamos como seres "humanos", que sejamos menos egoistas e injustos. Que aprendamos o verdadeiro significado da palavra "AMOR".
 
Que as palavras do Messias ecoem em cada coração.




Que a mulher possa caminhar lado a lado com os homens, como "companheira de jornada"...





segunda-feira, 28 de abril de 2014

O mundo é como um espelho...

 
Não é à toa que este blog tem o sugestivo nome de "minhas escolhas"... Acredito que dia após dia vamos tecendo o nosso "destino", criando aquilo que chamamos de nossas vidas... Criamos com o pensamento, queiramos ou não, o bem e o mal que se "materializa" no nosso caminho. Criamos com as nossas atitudes, com o que fazemos, ou com o que deixamos de fazer... Tudo é fruto das "nossas crenças", e das nossas escolhas... Mas, isso é um assunto longo e objeto de muito estudo. Pode interessar a alguns, mas também pode gerar muita polêmica para a grande maioria, que prefere atribuir tudo à sorte ou ao "destino". Tenho refletido muito sobre o assunto e, também aprendido bastante, mas, continuo cometendo os meus erros... Não quero entrar no mérito da questão, mas posso resumir e, fazer minhas as sábias palavras do grande escritor Érico Verríssimo:
 
 
Pensem nisso!

 
 
Uma ótima semana para todos!
 
 
 
 

domingo, 27 de abril de 2014

Festa de arromba...

A festa estava incrível, como há muito tempo eu não via igual. Gente bonita e alegre que pareciam estar gostando do lugar.

Tudo muito bem organizado, a começar pela decoração. A anfitriã caprichou na escolha do som, da comida, servida com requinte... A bebida, eu tenho a certeza que muuitos estavam adorando, dado à quantidade e variedade, constantemente servida pelos garçons.

Com ambientes separados, a casa de festas, oferecia música para todos os gostos... Num andar acima, os jovens se esbaldavam ao som de Valesca Popozuda... "beijinho no ombro", era a sensação... Tive até vontade de juntar-me a eles. Mas no andar de baixo, no qual eu estava, a música era boa, uma banda tocava ao vivo, com um ótimo cantor. 

Lá pelas tantas, o ritmo esquentou..., até quem parecia não saber dançar, se remexia na cadeira com o ritmo contagiante do repertório, que passeava pela MPB. Como não me faço de rogada, fui uma das primeiras a entrar na pista de dança. Juro que não bebi nada mais do que dois coquetéis deliciosos, feitos na hora por um bar men, mas para mim que nunca bebo, foi o suficiente para ficar meio alegrinha. Aliás, não preciso nem de bebida para ter vontade de dançar, coisa que adoro fazer até em casa sozinha... basta a música me tocar...

A música era um convite... ora relembrando os clássicos dos anos 80, tendo, por vezes, um samba para variar. Tocaram de tudo, até um saxofonista apareceu e, como não podia deixar de ser, agradou a todos, que muito o aplaudiram.

Acho que quem não se arriscava a dar uns passinhos, morria de vontade, mas, por algum motivo não o fazia... As mesas "quase" vazias, comprovavam que era na pista de dança que estava a animação...


Minha maravilhosa sandália dourada, já incomodava os meus pés... resolvi me sentar um pouco e, enquanto tomava um gole de água, pensava se colocava ou não aquela sandália de dedo que eu ganhara ao chegar à recepção.

Como a maioria das mulheres já haviam descido do salto, não hesitei. Quando ia voltar para a pista toda animada, eis que ouço alguém dizer: "...olha como a fulana dança. Eu acho "ridículo" uma "mãe" de família se comportar dessa forma..." Dei uma olhada para "conferir" o que a fulana estava fazendo de tão "extravagante", que merecesse ser "censurada". Mas o meu senso crítico não viu "nada de mais"...

Porém, a outra que havia permanecido sentada durante toda a festa, insistia: "pega mal" para uma mulher que já é "quase avó", dançar essas músicas... Achei que a dançarina em foco não tinha jeito de "quase avó", acho que era apenas mais uma maldade da sua "inimiga oculta"... Tive vontade de dizer alguma coisa em defesa da desconhecida, que dançava como se ninguém estivesse olhando; parecia feliz..., mas pensei: a melhor resposta talvez seja o silêncio. Pedi licença e voltei para a pista, desta vez, com o meu chinelinho de dedo. Fui me juntar aos que estavam realmente aproveitando a festa, que já estava chegando ao fim. Àqueles, que estavam "felizes demais" para se preocupar com a forma que estavam dançando...

Faço minhas as palavras do comunicador Carlos Antônio, da Rádio Globo: "Vale a pena tentar: dançar como se ninguém estivesse olhando e cantar como se ninguém estivesse ouvindo..." Talvez aí esteja o segredo da felicidade.



 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Escolhas e recomeços...

Um assunto recorrente aqui no blog tem sido "recomeços". Não que eu saiba todas as fórmulas, mas porque acredito que, na vida, ninguém está imune a eles.
O tema sempre me chama a atenção porque acho que todos nós estamos sempre enfrentando desafios, recomeçando e fazendo novas escolhas... Para mim, recomeçar é seguir novos rumos, é dar uma guinada na vida quando tudo vai mal..., é se abrir ao novo sem medo de errar, ir numa nova direção..., é se dar uma chance de ser feliz outra vez.

É claro que os "recomeços" não acontecem somente no terreno sentimental, já que a vida nos surpreende de várias formas, fazendo com que tenhamos que encarar alguns desafios em todas as suas áreas. Mas, sem dúvida, é nesse terreno que nos deparamos com as maiores perdas, nem sempre fáceis de superar.
Por isso, hoje, assistindo a Fátima Bernardes, fiquei atenta às questões expostas no programa: a dor da perda, a superação e as formas de recomeçar.
Diversas pessoas tiveram a oportunidade de contar a sua história, suas dificuldades e, o mais importante, a forma como elas superaram a dor da perda de um amor.
Porém, o que mais me chamou a atenção foi o caso de uma jovem senhora que perdera o marido há pouco tempo, um ano e meio mais ou menos. Com uma filhinha para criar, resolveu seguir em frente transformando a sua imensa dor num grande exemplo de superação. Hoje, ela já consegue expor os acontecimentos de forma branda, falando do marido com um sentimento de ternura, e fazendo com que ele seja lembrado pela filhinha que mal conhecera. Imagino a imensa dor que ela teve que suportar, transformando-a em força, para seguir em frente sozinha. É claro que a presença da filha tem sido um alento, mas a ausência do companheiro com o qual ela mal havia começado um casamento, com certeza, tem sido difícil de aguentar. Sua maneira de encarar os fatos me enterneceram. Diante daquela jovem mãe, que apesar de não "esquecer" a sua dor, conseguindo lidar com ela de forma surpreendente e exemplar, meus olhos lacrimejaram.
Outros casos também foram relatados durante o programa, mostrando o quanto é dificil passar por uma perda, se recompor e recomeçar. Uma psicóloga foi convidada a explicar os diferentes tipos de reações e os caminhos diversos que cada pessoa toma durante o processo doloroso da perda. Segundo ela, algumas pessoas se tornam "vítimas" indefesas do "destino", enquanto outras, levantam e seguem em frente transformando a dor em experiência... Essas pessoas, depois de algum tempo, conseguem encontrar novamente a alegria de viver.
 
Perder alguém a quem se ama é ter o coração dilacerado. A maioria de nós já passou por isso... E, nenhuma dor é menor do que a outra, o que é diferente, porém, é a forma de encará-la.
Recomeçar não é fácil para ninguém. Deixar para trás algo ou alguém a quem amamos nos deixa meio sem rumo... Mas, se isso pode servir de consolo: existe uma luz no fim do túnel... No entanto, é preciso que queiramos nos dar uma nova chance..., além de aceitarmos que a vida é o que é, que certas coisas não podem ser mudadas.
"No fim tudo dá certo..."  Frase do Fernando Sabino, que ainda acrescenta:  "Se não deu certo, é porque ainda não chegou no fim..."
 
Outra frases conhecidas como: "o tempo é o melhor remédio...", "nada como um dia após o outro...", podem soar de forma estranha na hora da dor, mas trazem suas "irrefutáveis verdades"... Com o passar do tempo, e através do "entendimento" e da "aceitação",  conseguimos enxergar um novo horizonte à nossa frente..., possibilitando a chegada de novas oportunidades, e de novos amores...
É preciso ainda, entender que a vida tem as suas "próprias" regras. Queiramos ou não, ela cumprirá as suas próprias "leis"... Aceitar que nem sempre ela é da forma como gostaríamos que fosse, já é um bom começo para transformar as desventuras que, por acaso, nos aconteçam, em experiência, é uma forma de  sabedoria...

Para concluir: "Nem sempre podemos escolher como nos sentimos, mas com certeza, podemos escolher o que fazer a respeito... "   (William Shakespeare)



terça-feira, 15 de abril de 2014

Crônica de uma manhã de outono...

 
Hoje acordei bem cedinho e, ao olhar pela janela, senti uma certa nostalgia, talvez por influência do tempinho chuvoso que está fazendo aqui no Rio de Janeiro, no dia de hoje. Quem sabe não seja consequência do eclipse da lua, que ocorreu nesta madrugada, sendo eu de um signo lunar.

Antes que os afazeres e compromissos do dia me impedissem, peguei uma xícara de café bem quentinho e sentei-me na varanda para curtir o friozinho gostoso da manhã. Entre um gole e outro deixei-me levar pelos pensamentos. E, como numa viagem, fui longe... Visitei o passado..., lembrei-me de momentos e de pessoas marcantes na minha vida. Mas não quis permanecer lá... às vezes, entrar no passado pode ser perigoso..., foi só uma "visitinha". Quando comecei a sentir falta de "algumas" pessoas, resolvi voltar...

De repente, me vi no futuro. Não num futuro distante, mas num tempo "quase presente" e "quase palpável". Num tempo que embora eu não possa prever, posso visualizar, enchendo-o de sonhos e de espectativas boas...

Deixei que a mente fosse aonde quisesse, e ela resolveu voltar. Mas não sossegou, logo insistiu em lembrar dos invernos passados... Dos passados sozinha e dos passados com "alguém". Senti saudades de dormir juntinho dividindo o mesmo cobertor..., das longas conversas, daqueles chocolates quentinhos saboreados antes de dormir.

Aos poucos fui voltando, como se os afazeres tivessem pressa de serem cumpridos. Lembrei-me que ainda estamos no outono, e de que ainda faltam alguns meses para a chegada do inverno. Até lá muita coisa pode acontecer...

Fazia tempo que eu não escrevia, mas, de repente, senti uma vontade enorme de compartilhar os meus "devaneios" de um dia chuvoso com "cara" de inverno.

Talvez eu venha a escrever mais na próxima estação..., quem sabe também aproveite para ler, para tomar muitos chocolates quentes, para ficar mais em casa ou para estar com os amigos. Pode ser que até curta ter um cobertor inteirinho só pra mim..., poder dormir até mais tarde ou acordar e ficar vendo televisão.

Talvez eu tenha também muitos momentos de nostalgia, de saudades, e por quê não de "tristeza"; tudo isso faz parte da vida... Mas, aprendi com a experiência a entrar e sair do passado..., a sair ilesa.
 
Ou quase... 

Hoje, resolvi viver o presente. Aprendi a valorizar os bons momentos, e a extrair lições dos maus. E, é isso que me move: a certeza de que assim como o tempo, tudo está em constante movimento... tudo muda a todo instante... existirão sempre os dias chuvosos como o de hoje, mas os dias "ensolarados" estarão para sempre gravados na minha lembrança... e logo voltarão.
 
E como diria Cecília Meireles: "Aprendi com as primaveras a me deixar cortar e voltar sempre inteira".

           









Au revoir!